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Doclisboa’17: Conhece aqui a programação da secção “Heart Beat”

Doclisboa’17: Conhece aqui a programação da secção “Heart Beat”

Redacção

Grace Jones, Whitney Houston, Os Cantadores de Paris ou Bill Frisell entre os nomes em destaque. O Doclisboa realiza-se de 19 a 29 de Outubro.

Doclisboa está de regresso e a secção Heart Beat traz-nos nomes maiores da música e da cultura pop. A secção abre com o filme “Grace Jones – Bloodlight and Bami”, de Sophie Fiennes. É a estreia em Portugal do mais recente trabalho da realizadora, que já marcou presença no Doclisboa em 2014 com “The Pervert’s Guide to Ideology”. Pela mão da actriz e realizadora Sandrine Bonnaire chega-nos “Faithfull”, sobre a cantora Marianne Faithfull, ícone da Swinging London cuja carreira estará para sempre ligada aos Rolling Stones. A vida de Whitney Houston, considerada uma das maiores cantoras de todos os tempos, é relembrada em “Whitney: Can I Be Me, de Nick Broomfield”.

Em “Alive in France”, Abel Ferrara mostra uma outra faceta e reúne uma banda para tocar ao vivo as bandas sonoras dos seus filmes. Johanna Saint Michaels traz-nos Matt Johnson em “The Inertia Variations”, o líder dos britânicos The The em conflito criativo cria a sua própria emissão radiofónica.

No universo da eléctrónica, o filme “If I think of Germany at Night”, de Romuald Karmakar. Entre outros, o filme conta com os incontornáveis DJs Ricardo Villalobos e Roman Flugel, numa reflexão sobre a cena electrónica alemã. O trio de dança electrónica Major Lazer, um dos primeiros nomes grandes americanos a actuar em Cuba, chega-nos com “Give me Future”, de Austin Peters. Em “Never Stop – A Music that Resists”, Jacquelines Caux dá-nos um olhar sobre Juan Atkins, Derrick May, Carl Craig e Jeff Mills, pioneiros do techno de Detroit.

O jazz também não fica de fora nesta edição do Heart Beat: “Bill Frisell, a Portrait”, de Emma Franz, é um retrato do renomado guitarrista Bill Frisell, nome maior do jazz contemporâneo, com mais de 30 álbuns editados.

“Colette Magny’s Political Song”, traz-nos a canção interventiva de Colette Magny, pela mão da realizadora Yves Marie-Mahé. Colette Magny ganhou notoriedade nos anos 60 com o seu repertório inspirado nos blues e pela abordagem aos problemas do mundo de então. Noutro registo contestatário radicalmente diferente, “Bamseom Pirates Seoul Inferno”, de Jung Yoonsuk, a banda punk-metal coreana Banseom Piratas desafia as autoridades com a sua paixão inabalável pela música.

Para terminar, “Os Cantadores de Paris”, de Tiago Pereira. Um improvável grupo de cante alentejano formado por três portugueses, uma italiana, uma alemã e seis franceses, que vem a Serpa para cruzar com os grupos locais. Um retrato da portugalidade e da sua influência além fronteiras.

PROGRAMAÇÃO

SESSÃO DE ABERTURA HEARTBEAT
Grace Jones – Bloodlight and Bami, Sophie Fiennes
Cinema São Jorge, sala Manoel de Oliveira
20 de Outubro, 21:30

Filmado ao longo de uma década, é um retrato da modelo, actriz e cantora Grace Jones. O filme é uma viagem electrificante que nos mostra o seu fascinante mundo não apenas como artista, mas também como filha, mãe, e avó. Entre sequências musicais de tirar o fôlego e imagens pessoais íntimas, Sophie Fiennes mostra-nos a enorme Grace Jones, derradeiro ícon da cultura pop.

Faithfull, Sandrine Bonnaire
O segundo documentário da actriz e realizadora Sandrine Bonnaire, que nos conta a incrível história de Marianne Faithfull: o sucesso e fama com 17 anos em Londres, a vida com Mick Jagger nos tempos conturbados dos Rolling Stones, escândalo, drogas, toxicodependência e declínio, a vida na rua e o renascimento, prémios e reconhecimento artístico. Desenvolvido em estreita colaboração com Marianne Faithfull, conta com entervistas a Mick Jagger, Damon Albran, entre outros.

Whitney: Can I Be Me, Nick Broomfield
Whitney Houston foi o exemplo de uma super-estrela, uma “princesa americana”, a artista mais galardoada de sempre. Teve mais números um consecutivos do que os Beatles e ficou conhecida como uma das maiores vozes de todos os tempos. Nick Broomfield conta a história da extraordinária vida e da trágica morte de Whitney Houston.

Alive in France, Abel Ferrara
Abel Ferrara, o realizador de culto novo-iorquino, é a manchete de um conjunto de concertos e de uma retrospectiva em França dedicada a canções e música dos seus filmes. Os preparativos com a família e os amigos mostram outra faceta do realizador.

Bamseom Pirates Seoul Inferno, Jung Yoonsuk
“Salve Kim Jong-il!”, berra uma banda de punk-metal sul-coreana, os Bamseom Pirates, sem a mínima hesitação. O filme é sobre dois jovens músicos coreanos que lançam um desafio ao sistema e às autoridades e a sua paixão inabalável por música.

Give Me Future, Austin Peters
Em Março de 2016, na sequência do reatar de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, o trio de música de dança electrónica Major Lazer fez história, tornando-se num dos primeiros grupos estado-unidenses importantes a actuar no estado comunista.

If I think of Germany at Night, Romuald Karmakar
Cinco DJ/músicos a trabalhar – no estúdio, no clube, em palco – e reflexões pessoais sobre as suas carreiras e o mundo mais vasto da música electrónica alemã. De permeio: clubes vazios de dia, pistas de dança abarrotadas à noite, vislumbres do ambiente de estúdio.

The Inertia Variations, Johanna Saint Michaels
Matt Johnson, da banda inglesa The The, decide desafiar o consenso tacanho dos meios de comunicação de massa com a sua própria emissão de rádio, que inclui música ao vivo, poesia, entrevistas e discussões sobre o estado da democracia no século XXI.

Never stop – A Music that resists, Jacqueline Caux
O filme mostra-nos uma história paradoxal: como a força de exorcismo deste movimento criativo da música techno em Detroit e a criação por cada um dos pioneiros da sua editora independente permitiram a uma contracultura fazer-se ouvir em todo o mundo.

Bill Frisell, A Portrait, Emma Franz
Retrato de Bill Frisell, músico dos músicos e o contrário do arquétipo do herói guitarrista. O filme delineia o desenvolvimento da sua música e proporciona uma visão rara da formação de um dos músicos mais relevantes das últimas décadas.

Os Cantadores de Paris, Tiago Pereira
“Como é cantar uma cultura que não se conhece? Três portugueses, uma italiana, uma alemã e seis franceses formam o grupo Cantadores de Paris, dedicado ao cante alentejano. Trazemos elementos do grupo a Serpa para os cruzar com os grupos locais.”

Colette Magny’s Political Song, Yves Marie-Mahé
Colette Magny recusou muito cedo a carreira no mundo do espectáculo que a sua voz lhe possibilitava. Optou pelo compromisso político e pela investigação musical – blues, free jazz, colagem, anti-poesia, spoken voice, canção-questionário, música contemporânea…