Kashmir

Aprende a tocar o riff e a história do tema que congrega e potencia todo o misticismo que, a dada altura, os Led Zeppelin passaram a procurar na sua sonoridade.

Baseada na estrutura de riffs que deu origem a “Black Mountain Side”, do primeiro álbum de Led Zeppelin, e também a “White Summer”, um instrumental de Page nos Yardbirds, “Kashmir” foi finalmente editada no álbum “Physical Graffiti”, o sexto da banda, em 1975. Apesar da sua duração (quase nos 10 minutos) as rádios acolheram bem a canção, muito devido ao sucesso tremendo que a também longa “Stairway to Heaven” havia conseguido no éter. “Kashmir” é um tema que congrega e potencia todo o misticismo que, a dada altura, os Led Zeppelin passaram a procurar na sua sonoridade.

Page referiu que muita da inspiração desse riff se encontrava na cítara e nas influências que estava a sofrer das escalas médio-orientais e afinações modais.

Máquina do Tempo: Imagens do concerto dos Led Zeppelin no Pontiac Silverdome em 1977 disponibilizadas online

Mais de 20 minutos de imagens, captadas em 8mm, foram sincronizadas com um bootleg que continha o áudio do concerto. 

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Page optou por usar uma afinação alternativa neste tema, em Open D de 4ª sustenida [DADGAD], ou seja, baixando uma tónica às corda de E (Mi) e ao B (Si) na afinação standard [EADGBE]. “Kashmir” desenvolve-se insistindo sempre no ciclo de progressão do riff que se tornou emblemático. Page referiu que muita da inspiração desse riff se encontrava na cítara e nas influências que estava a sofrer das escalas médio-orientais e afinações modais. Um dos pormenores de dinamização tem também muito a ver com o phaser usado na bateria – o engenheiro do álbum, Ron Nevison, recorreu a um Eventide Instant Phaser PS-101.

Uma das coisas que mais distingue “Kashmir”, no catálogo de Led Zeppelin, é ser dos raríssimos temas na carreira da banda em que se recorreu a músicos de sessão para gravar alguns elementos instrumentais. “Kashmir” tornou-se um tema favorito da banda, que desde a sua edição o passou a tocar em quase todos os seus concertos. Durante as últimas décadas foi inúmeras vezes replicada por outros artistas (como se vê os Alice In Chains fazerem em cima) e até por Jimmy Page e Robert Plant, em “No Quarter”, numa sumptuosa versão com uma orquestra mediterrânica – podem ver no player seguinte, após o qual estão as tabs do riff principal e o vídeo em que João Luzio o demonstra!