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Steven Wilson disponibiliza discografia em serviços de streaming

Steven Wilson disponibiliza discografia em serviços de streaming

Pedro Miranda

O músico conhecido pelo seu cepticismo em relação à indústria digital, rendeu-se às plataformas de divulgação musical.

Steven Wilson disponibilizou grande parte da sua obra musical nas plataformas de streaming internacionais. São seis os discos partilhados – “Insurgentes”, “Grace for Drowning”, “The Raven that Refused to Sing (and Other Stories)”, “Hand.Cannot.Erase”, “4½” e “Cover Version” – que desde o dia 17 de Junho estão disponíveis para audição na Apple Music, Deezer, Google Play, Napster, Spotify e TIDAL.

O artista é um conhecido crítico da música no mundo digital, sendo reconhecido por ter destruído várias vezes iPods em protesto contra a falta de qualidade do formato MP3, o desmantelamento do formato do álbum (e a primazia de canções individuais), e a decadência das edições físicas.

Steven Wilson, que editou pela última vez com os Porcupine Tree em 2009, admite, no entanto, que não resistiu ao impulso de fazer chegar a sua música ao maior número de pessoas possível, e afirma que, mesmo com as suas “múltiplas falhas“, os serviços de streaming podem ajudar a voltar a atenção do ouvinte para o álbum como projecto artístico inteiro e indivisível. Diz que não se trata de um problema de rendimentos, mas sim de «exposição».

Não é a primeira vez que um músico desdenha este tipo de serviços: Steven Wilson junta-se a nomes como Thom Yorke (Radiohead), Johnny Marr (The Smiths) ou David Byrne (Talking Heads), que no passado afirmaram que plataformas como o Spotify prejudicam a indústria da música e a ascensão de novos artistas.

No passado dia 22 de janeiro, Steven Wilson editou o seu último álbum a solo, denominado “4 ½” e podes ouvi-lo no player em baixo. O nome deve-se ao facto de este ser uma ponte provisória entre o recém-lançado quarto álbum “Hand. Cannot. Erase.” e o próximo álbum de estúdio. Ao todo é constituído por seis faixas, quatro delas foram compostas durante as sessões de “Hand. Cannot. Erase.”, e uma durante as sessões de gravação para o álbum anterior “The Raven that Refused to Sing”. A última faixa é uma versão de “Don´t Hate Me”, uma canção originalmente gravada pelos Porcupine Tree em 1998, e é baseado numa versão da mesma ao vivo, tocada na recente digressão pela Europa.