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William Cashion, De Jazz a Precision

William Cashion, De Jazz a Precision

Redacção

O baixista de Future Islands fala sobre o álbum “The Far Field”, da carreira da banda e de como se rendeu ao Fender Precision Bass.

O álbum dos Future Islands, “The Far Field”, é mais uma assinatura do carisma único da banda. À boleia do disco, William Cashion, baixista da banda, falou com a Fender, sobre as origens de Future Islands e sobre o seu som de baixo.

«Queria mesmo era tocar teclas, quando começámos. Adorava Kraftwerk e passava algum tempo a fazer programação», esses esboços de produção foram as primeiras coisas que Cashion mostrou a Samuel T. Herring, seu amigo desde o primeiro dia de vida universitária. Cashion recorda que o seu frontman tinha outras ideias: «Ele queria iniciar um projecto rap. Não creio que ele o conseguisse fazer, mas era algo. Começámos a falar em fazer música. Assim que entrei na universidade, sabia que queria fazer uma banda». O primeiro concerto da banda ocorreu com os dois músicos a improvisar sobre velhos teclados, emprestados por amigos. No segundo concerto já contavam com Gerrit Welmers e na casa onde ensaiavam havia um Jazz Bass…

O instrumento despoletou uma carreira bastante diferente para Cashion. Com Welmers dedicado aos teclados, pegou no Jazz Bass para tocar uma canção e a aprovação foi unânime. «Também achei que soava super bem com a caixa de ritmos e os teclados». Na entrevista completa, podem descobrir-se várias curiosidades sobre Cashion, como o facto de o seu primeiro instrumento ter sido uma Squier, a forma como Herring lhe pede que componha no baixo, pedais de efeitos, entre outras coisas sobre os Future Islands. Além da sua devoção por um Precision Bass de 1975:

«Creio que durante algum tempo, na década de 70, foram construídos com o mesmo perfil de braço do Jazz Bass, portanto, a largura da pestana era a mesma. Cheguei a tocar num Jazz Bass e depois usei um Yamaha, com um pickup estilo Precision, emprestado por um amigo. Foi esse que gravou os dois primeiros álbuns de Future Islands. Quando me vi com algum dinheiro, comprei um Jazz Bass porque mandam grande pinta. O “On The Water” foi todo gravado com Jazz Bass. Mas quando chegou a altura de gravar o “Singles”, o nosso produtor insistiu que usasse um Precision. E essa álbum fez-me começar a pensar no som de baixo».

O baixista reconhece humildemente nunca ter pensado, realmente, o quão influentes podem ser os pickups no som: «É totalmente ingénuo, eu sei. Mas acabei por pensar que tinha usado um pickup tipo Precision durante anos e que quando mudei o som também mudou. Então mudei novamente. Preocupava-me a largura do braço de um precision, mas ouvi falar nos braços “A”, do meio da década de 70, e comprei um. Comecei progressivamente a usá-lo. Fizemos uma cover de “Last Christmas”, dos Wham, há alguns anos atrás, que foi a primeira coisa de Future Islands em que toquei com o Precision Bass. Achei que soava incrível e mantive esse baixo todos estes anos».

Um Fender Precision Bass de 1975 já só pode ser adquirido em segunda mão. Em revendedores especializados ou fóruns.

Os modelos Fender Precision Bass de 1975 já só podem ser comprados em revendedores especializados ou a coleccionadores, através de fóruns. Um modelo Olympic White, parecido com o de William Cashion, pode atingir valores entre os €1750 e €2400 no Reverb.com, por exemplo. Já a Fender inclui os modelos Precision Bass entre os instrumentos da nova série American Professional, que podem verificar aqui!

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