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10 Grandes Concertos de 2014

10 Grandes Concertos de 2014

Redacção

Do submundo de peso do SWR ou uma pequena cave em Cascais ao mar de gente na Bela Vista. Rock n’ roll!

A maior infelicidade neste line of work é não poder ir a todos os concertos. Podemos ir a muitos, é verdade, mas há muitos outros, de tantos géneros, tantas bandas, tantas dimensões. Por vários motivos (o que dava para escrever um livro) há concertos que “ficam” mais, entre os que vimos, estes foram inesquecíveis!

Rock in Rio - Lisboa 2014

Foto: Agência Zero

ROLLING STONES @ ROCK IN RIO | Excelente setlist, grandes performances individuais e como banda. A possibilidade de ver Mick Taylor, aquele que para muitos foi o melhor guitarrista da banda, e uma mão cheia de convidados, com a enorme surpresa e excitação de ver, de repente, em Lisboa, Bruce Springsteen tocar “Tumbling Dice” com os Stones. Não são coisas que aconteçam por aqui, a excitação do público foi elucidativa. Um concerto inesquecível e que, dada a saúde de Charlie Watts (que deu um concerto perfeito), poderá mesmo, mesmo, ter sido o último que os Stones deram em Portugal!
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Foto: Pedro Mendonça

THE KILLS @ SUPER BOCK SUPER ROCK | Alison Mosshart é uma diva proveniente do último género expectável, o punk. Com tanto de etéreo como de carnal! É um demónio de luxúria com a candura de um anjo – vocalmente, aquele timbre harmonicamente rico e com uma agressividade poderosa, sempre pintados por uma sensualidade com algo de nostalgia, são armas mortíferas que foram elevando o estatuto dos The Kills. “Heart Is A Beating Drum”, um dos temas tocados, é um título que descreve muito do estado emocional em que nos deixou.
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Foto: Lorde

LORDE @ ROCK IN RIO | Violência e Glória. Lorde arrasou Lisboa assim que a sua voz se ouviu acompanhada pelos synths pesados de “Glory And Gore”. Aqueles cabelos de medusa dão à adolescente a solenidade de um oráculo. A forma como enche o palco inteiro e interage com o público é a de uma deusa primaveril. Descontraída, alegre, simples, melodiosa e encantadora. A neo-zelandesa repetiu várias vezes que nunca esqueceria Lisboa. Um truque de veteranos que, na boca de Ella, pareceu genuíno.
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Foto: Joana Cardoso

GRAVES AT SEA @ SWR | Mesmo num concerto que podia ter sido mais coeso, os Graves At Sea imortalizaram a sua passagem em Portugal, através da megalítica versão de “Lord Of This World”, o original de Black Sabbath no álbum “Master of Reality”, e a arrasadora “Pariah”. O concerto foi sintomático de como a porrada que uma banda dá aos instrumentos pode expandir a experiência de a ouvir ao vivo – o guitarrista Nick Phit teve a sua Les Paul quase sempre desafinada, mas a violência da actuação nunca permitiu que esse factor diminuísse a mesma.
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Foto: Miguel Mestre

A PLACE TO BURY STRANGERS @ REVERENCE VALADA | A partir do momento que se ouviu “Deadbeat”, a fúria da banda jamais esteve contida e foi, inclusivamente, descarregada nos instrumentos. E o que doeu ver Oliver Ackermann destruir, literalmente, uma Jaguar. Instigados pelo pulsar maquinal das baterias de Robi Gonzalez, Ackermann e Lunadon conseguiram criar uma tremenda tempestade eléctrica, pesada [ora grave, ora estridente], épica e melódica.
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Foto: Pedro Mendonça

VINTAGE TROUBLE @ SUPER BOCK SUPER ROCK | A história começa da mesma forma que sempre sucede com grandes bandas. O baterista Richard Danielson e o baixista Rick Barrio Dill formam uma parede de groove, à qual se pode atirar tudo, que tudo vai colar. Dessa forma, o núcleo essencial do grupo mantém-se fiel às raízes das lendas do soul, mesmo quando Nalle Colt acrescenta muito mais músculo de guitarra do que aquele que se ouve no cânone do género. E que som tinha Colt, apetece dizer «põe-te a pau Joe Bonamassa» ou «já foste John Mayer».
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Foto: Hugo Lima

SLOWDIVE @ PRIMAVERA SOUND | Mestres na criação de tensões sonoras, foram sustendo uma verdadeira explosão de volume até ao final do concerto. Explosão que sucedeu numa versão mais musculada de “Golden Hair”. Não será difícil de acreditar que este concerto perdurará na memória daqueles que o esperaram tanto tempo ou na dos que ouviram as notas etéreas dos Slowdive pela primeira vez.
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Foto: Tomás Lisboa

DAUGHTER @ NOS ALIVE | Em “Youth” a coisa toma proporções sem par durante o festival. As cavalitas multiplicam-se, como quem diz “estou aqui e adoro esta música”. Todos os telemóveis do recinto em riste para registar o momento. Muitos rostos com olhos fechados para que se aguce a audição, recebendo a música do PA directamente para o coração. Sendo-se ou não fã, só mesmo sendo-se muito mesquinho é que não se admite que foi um dos melhores concertos do festival.
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Foto: Pedro Mendonça

EXTREME @ ARMAZÉM F | É normal que, desde 1990, “Pornograffitti” soasse diferente – é, desde logo, um baterista diferente – com algumas nuances melódicas renovadas e outro tipo de energia, mas o que sucede é que neste tipo de digressões, as bandas acabam por mortificar o seu trabalho. Já os Extreme revitalizaram o disco. E, com excepção do adorado “More Than Words”, da pouco ortodoxa (em relação ao disco) “When I First Kissed You” e “Song For Love”, a celebração de “Pornograffitti” foi uma tempestade eléctrica.
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RADIO MOSCOW
RADIO MOSCOW @ STAIRWAY CLUB |
Parker Griggs é um autêntico zelota, um dos guitarristas mais apaixonantes e intensos que existe por estes dias. Há algo de Ritchie Blackmore em Griggs, a forma como a construção do seu som o projecta para a frente de cama tema e de como, nos solos, não tem qualquer receio de expor os seus erros técnicos à intensa fúria eléctrica com que a banda o cerca. Há muito egocentrismo na sua exposição com a Stratocaster, mas de uma forma homérica e não narcisista (como recorrentemente acontece com os shredders). No fundo, a sua técnica é submissa ao groove, em detrimento do auto deslumbramento.
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