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Fender Offset Mustang 90

Fender Offset Mustang 90

Nero

Um clássico transformado numa musculada versão P90. Vê o nosso teste e ouve Hugo Santos tocar riffs dos Process Of Guilt e dos Unsane.

O remake de um clássico, a Mustang foi originalmente estreada a meio da década de 60, a um preço bastante convidativo. Algumas características contemporâneas, como o perfil “C” do braço, tornam esta guitarra num cavalo de guerra para o garage rock e underground.

Agora a Fender reeditou o modelo, através da gama Offset, acrescentando-lhe características contemporâneas, mas mantendo o seu carácter original. Entretanto, passou a ser produzido numa versão, em tudo semelhante, na gama Player Series.

O corpo, de design Mustang, é construído em alder, com acabamento Gloss Polyester. O braço, aparafusado de acordo com a técnica tradicional da marca, é uma peça de maple, com perfil “C” e com acabamento Satin Polyurethane.

A escala é em rosewood, com 22 trastes (médio-jumbo) numa extensão de 24” (610 mm) e um raio de 9.5” (241 mm). O nut de 1.650” (42”) é em osso sintético.

No hardware destaca-se a ponte de 6-Saddle num design Strings-Through-Body, com Strat Hardtail, os afinadores de molde Fender Standard, pickguard de quatro folhas com acabamento Aged White Perloid. Com configuração SS, os pickups são unidades Mustang MP-90, com potenciómetros de Master Volume e Master Tone. O alternador de pickups permite três configurações (Ponte, Ponte e Braço, Braço).

Com agressividade midrange, os MP-90 soam bastante orgânicos e com um som espesso.

(Abre a galeria para ver fotos da Mustang 90)

A escala curta é similar às que a Fender criou na década de 60, para modelos Jaguar e Mustang. O seu conforto é a sua grande característica que, aumentado pelo perfil “C”, é decisivo no controlo que se tem nas notas e não cria fadiga na mão, uma cópia do que sucede com a Duo-Sonic, da mesma gama.

Contudo, neste modelo a escala em rosewood desempenha um papel crucial a equilibrar a agressividade midrange da guitarra, vinda do par de MP-90. Agressividade de médios, não significa que a guitarra não tenha um bom corpo de graves. Na verdade, a Mustang 90 é uma agradável surpresa. Vem com um setup e resposta dinâmica bem agradável de fábrica. E os MP-90 soam bastante orgânicos e com um som espesso, se podemos dizê-lo assim.

Mesmo puxando mais pelo amp, são bastante silenciosos e limpos e soam mais “escuros” que os humbuckers tipo PAF. Algo que Hugo Santos, dos Process Of Guilt, testemunhou com alguns riffs – incluindo “Servant”, do álbum “Black Earth”, entre malhas de Unsane e Moonspell – como podem ver no primeiro vídeo (som de câmara). No seguinte player, está o nosso test-drive. Punch it!

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