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Entombed: God Is Great, Satan is Super

Entombed: God Is Great, Satan is Super

2015-05-02, SWR, Barroselas
Nero
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O novo álbum foi diluído por uma tempestade de som, clássico atrás de clássico. O concerto do festival!

Depois de muitas linhas escritas e muitas discussões, internas ou externas, sobre a decisão de LG Petrov seguir com os Entombed, agora com a sigla AD, era o momento de tirar todas as conclusões. A verdade é que esta espécie de Guns N’ Roses do death metal europeu veio ao SWR mostrar uma vez mais porque são um dos colossos do metal. É certo que pouco se ouviu do recente álbum, “Back To Front”, para todos os efeitos esse álbum pareceu mais uma “desculpa” para colocar a banda em digressão e é um registo que se encontra algo longe do legado de uma das bandas mais criativas do género. Mas isso foi algo que importou pouco à multidão (este foi um dos concertos com mais gente em frente ao palco principal na história do SWR), que estava ali para levar a sova tradicional daquele som carregado de crossovers entre um rock muito podre e uma atitude muito punk.

Os clássicos da banda podiam ser tocados pelo Papa Francisco que soariam com o mesmo poder e decadência.

Algo em que a versão “AD” estará a não fica a perder tem a ver com a dimensão dinâmica da guitarra. As últimas vezes que vimos Entombed havia sido com Alex Hellid a assumir sozinho as guitarras, se o guitarrista é uma besta que conhece de trás para a frente o catálogo que criou, não pode ser negada a brutalidade mais clássica da dupla agora composta por Nico Elgstrand e Johan Jansson, na guitarra e baixo. De qualquer forma, a discussão se está melhor ou pior poderá continuar até Alex Hellid se decidir a fazer as pazes com Petrov, afinal, uber malhões como “Revel In Flesh”, “Stranger Eons” ou “Left Hand Path” podiam ser tocados pelo Papa Francisco que soariam com o mesmo poder e decadência.